Grávida estava viva quando bebê foi arrancado da barriga


A jovem Patrícia Xavier da Silva, de 21 anos, estava viva quando teve a barriga cortada com lâminas de barbear e o filho retirado do útero aos nove meses de gravidez. O inquérito que apurava o crime que chocou a cidade de Ponte Nova, na Zona da Mata mineira, foi concluído na segunda-feira e mais detalhes foram confirmados pela Polícia Civil. Conforme os delegados Silvério Rocha e Iara Gomes, a autora, Gilmária Silva Patrocínio, 33, agiu sozinha. 

Ela atraiu Patrícia, em quem tinha colocado um piercing anos atrás, até a lavanderia de um hospital abandonado dizendo que entregaria móveis e roupas para a criança. Quando as duas chegaram ao local, a vítima foi golpeada na cabeça e desmaiou. Gilmária cortou a barriga com duas lâminas, fez o parto e assassinou a mulher com um mais um golpe no pescoço. Ela morreu por asfixia. O corpo foi encontrado no dia 30 de junho, dentro de uma caixa d’água, com as mãos e pés amarrados. No dia 1º de julho, a polícia chegou até Gilmária, que estava com a criança. A mulher chegou a dizer que o filho era dela, mas acabou confessando o crime, que foi tramado em uma tentativa de salvar o casamento.

 A doméstica temia que o companheiro se separasse dela, forjou uma gravidez e disse que “precisava” de um bebê.Presa desde o dia 30 de junho no Complexo Penitenciário de Ponte Nova, a doméstica foi indiciada pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e dissimulação; ocultação de cadáver; dar parto alheio como próprio; e subtração de incapaz. Somadas as penas, Gilmária pode pegar até 45 anos de prisão. O filho de Patrícia está sob a guarda dos avós maternos. O delegado já solicitou à Justiça a soltura de um homem investigado como suspeito de envolvimento no caso. Herli Custódio Marçal, de 48 anos, não teve participação nos crimes e deverá ser liberado pela Justiça nos próximos dias.

R7