Uma foto do piloto do voo desaparecido da Malaysia Airlines está dando margem para novas suposições sobre o que aconteceu com o avião. Na imagem, o capitão Zaharie Ahmad Shah aparece ao lado de um amigo, usando uma camiseta com os dizeres “Democracy is Dead” (em português, “A democracia está morta”), aumentando as desconfianças de que ele possa ter sequestrado a aeronave como forma de protestar contra o governo.
O piloto tem sido apontado como um apoiador “fanático” de Anwar Ibrahim, líder da oposição ao governo da Malásia. Inclusive, Shah teria comparecido ao tribunal que condenou Ibrahim a cinco anos de prisão por sodomia, sete horas antes de embarcar no avião – suspeita-se que o motivo da condenação na verdade seja influência política. Além disso, descobriu-se que a esposa e os três filhos do comandante do voo saíram da casa da família no dia anterior ao desaparecimento. O piloto mantinha um simulador de voo em sua residência, e os investigadores apreenderam um notebook que pode contar registros de uso desse simulador.
Essas revelações surgiram simultaneamente à declaração do FBI de que o sumiço do avião da Malaysia Airlines pode ter sido “um ato de pirataria” e que a possibilidade de os passageiros estarem sendo mantidos em um esconderijo não foi descartada. Somado a isso, o primeiro ministro da Malásia afirmou que o voo MH 370 foi desviado de sua rota intencionalmente depois que os equipamentos de comunicação foram desligados.
Investigadores norte-americanos afirmaram que sinais fracos foram transmitidos por várias horas depois que o voo perdeu contato com o solo. Além disso, radares militares mostraram que o avião subiu a 45 mil pés – altitude acima da recomendada para um Boeing 777 – e desceu muito rapidamente, o que pode indicar uma tentativa de desorientar passageiros e tripulação. Um dos policiais envolvido nas buscas declarou: “Eu posso confirmar que nossas investigações incluem as crenças políticas e religiosas dos dois pilotos”.