Inri Cristo chama papa Francisco de "turista argentino"

Inri Cristo é carregado por seguidores pelas ruas de Brasília, onde fica a sede de sua igreja, durante protesto 

Autoproclamada "reencarnação de Jesus" há 30 anos, Inri Cristo não tem uma opinião muito favorável  do Santo Padre em sua vinda ao Brasil. Na entrevista abaixo, para o UOL Tabloide, ele classifica o papa Francisco como "turista argentino".

Célebre por participar de programas de auditório com vestes bíblicas, com direito a coroa de espinhos feita de pelúcia, Inri Cristo fundou a igreja Soust (Suprema Ordem Universal da Santíssima Trindade) em 1982, e mudou sua sede de Curitiba (PR) para Brasília em 2006, acreditando que a capital brasileira é a Nova Jerusalém. Leia abaixo a entrevista com o filho do Homem.
 
UOL - O que acha da visita do papa ao Brasil?

Inri Cristo -  Ele e qualquer outro argentino que vier fazer turismo no Brasil, seja muito bem-vindo. Daí ao erário público bancar as despesas da vinda dele, já é outra coisa. Agora que se fala tanto em precariedade da saúde, segurança, educação... é uma oportuna ocasião de o povo brasileiro refletir se vale a pena gastar a exorbitante soma de R$ 118 milhões para receber um artista argentino. Se o Dalai Lama, nas vezes em que visitou o Brasil, veio patrocinado por instituições budistas, por que o líder argentino tem de ser diferente? Afinal, o Brasil é ou não um estado laico?

UOL - Qual é a sua relação com o Vaticano e a igreja católica?

Inri Cristo - Desde 28 de fevereiro de  1982, quando pratiquei o ato libertário na catedral de Belém do Pará que culminou com a instituição do Reino de Deus sobre a Terra, formalizado pela Soust, não tenho mais qualquer relação com a Madona do Apocalipse. Naquela ocasião rompi os meus derradeiros vínculos com Roma.

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