Holandesa de 22 anos é estuprada durante protestos no Egito



Uma holandesa foi agredida por vários homens quando uma multidão a cercou na Praça Tahrir na sexta-feira, quando começaram os protestos de milhões de partidários e opositores do presidente egípcio, Mohammed Morsi, disseram autoridades.

Citando uma declaração emitida pela Embaixada da Holanda no Cairo, o Comitê de Proteção de Jornalistas disse na segunda que a mulher de 22 anos foi repatriada.

De acordo com o jornal australiano Sydney Morning Herald, a holandesa seria uma jornalista que foi estuprada por um grupo de cinco homens. Segundo a mesma publicação, a mulher teria sido submetida a uma cirurgia por causa dos ferimentos que sofreu. Outras informações indicam que ela era estagiária de uma organização e foi à praça para tirar fotos das manifestações.

Sob condição de anonimato, uma fonte de segurança disse que escritório do procurador do Egito lançou uma investigação sobre o ataque.
O ataque contra a holandesa faz parte de uma onda de agressões sexuais por grupos que têm mulheres como alvo durante os protestos antigoverno na Praça Tahrir, no Cairo.

Um grupo de vigilância formado para proteger mulheres na praça, que se tornou o epicentro das marchas antigoverno, disse ter registrado o número mais alto de tentativas de agressões - 46 - no domingo, quando a maioria dos manifestantes era festiva já que famílias com crianças pequenas e outros invadiram as ruas empunhando bandeiras, gritando e usando apitos.

A atmosfera se tornou menos amigável com a chegada da noite na mal iluminada Tahrir, que viu um aumento dos ataques contra as mulheres logo depois da revolução de 18 dias que forçou a renúncia do antecessor de Morsi, Hosni Mubarak, em 2011. Agressões sexuais são comuns no Egito, mas sua crescente frequência e violência estremeceram o movimento de protesto.

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br